quinta-feira, 2 de março de 2017

Meu Amor do Cemitério - Emanuel Borges Rei [Crónica]

Postado Por: with Sem Comentarios

Meu Amor do Cemitério

Eu raramente saiu de casa nos dias como hoje " Sábados " por dois motivos o primeiro é que amanhã será dia de ir adorar o senhor, o segundo é ainda não sei qual é, porque sou muito preguiçoso e não tenho tempo para quase nada, se para respirar tinha que  se fazer muitos esforços acredito que já estaria morto a muitos anos atrás.

A minha mãe nunca contou-me sobre essa minha doença " Preguiça ", e aposto que somos milhares no mundo com essa doença ou não? Quero acreditar que sim! Porque se a nossa pátria encontra-se nesse estado é porque somos preguiçosos de mais para levantarmos os nossos braços e fazer de tudo para mudar isso nem que for por um simples gesto.

Enquanto pairava nos meus bobos pensamentos vi a lede do meu telemóvel a piscar, depois vi O flash a fazer a mesma coisa até parece que estava haver uma festa dentro de meu telemóvel e nem fui convidado... a seguir o ecrã acendeu e começou a tocar aquela melodia irritante, olhei para o ecrã e vi que era o Luiismiith a ligar para mim. Logo agora " Fiz uma auto interrogação ", o que esse cara quero comigo? Não hesitei e pensei logo em não atender.

Mas o cara é chato de mais e aposto que era para convidar-me para sair porque a minha maneira de ser caseiro assusta muita gente " Quem não gosta de ser caseiro ali? ", aposto que somos muitos porque essa cena de ser da " Socialite " chega ser muito irritante. Lá foram uma, duas, três chamadas não atendidas, mas ele não desistia por nada.

Me encontrava deitado e o meu smartfone encontrava-se  no meu peito, quando decidi levantar, a minha manta tocou no ecrã do telemóvel e na sorte do Luiismith e no meu azar, a chamada foi atendida. " Mais que mundo digital " gritei logo eu, no meu quarto até parecia um maluco.

- Aposto se usava aquele meu Caça Rato " Nokia Lanterna ", essas mantas nunca conseguiria sequer atender a chamada desse indivíduo.

E lá estava ele a dirigir palavras para mim a partir daquele aparelho digital
- Alo!, Alô! Wey sei que estás ali atende o telemóvel será para o teu beneficio...

Meu beneficio? " Pensei logo eu ", esse cara nunca fez algo para o meu beneficio então hoje decidiu fazer? É melhor continuar aqui ao lado sem falar nada, para ver o que ele dirá a seguir..

- Eu sei que estás ali. Se não vás responder vou direito ao assunto, hoje é o aniversário do Duarte e quis te levar para nos divertirmos um pouco e quis avisar-te também que a Rita estará presente.

Quando ouvi o nome dessa mulher super deslumbrante não esperei sequer a metade de 1segundo e atendi logo o móvel.

- Sério que a minha Ritinha estará presente?

- Hãm afinal estavas ali, seu macaco.

- Wey! Nem que me chamares de todos animais da selva eu não ficaria irritado contigo. Diz só a verdade.
- È claro que sim. Ela virá com umas amigas é só estares bem apresentado  que ela hoje pode voltar nos teus braços.

- Até mais então! Tchau... terminei eu a chamada.

Eu estava todo baralhado e confuso, depois de três anos eu voltaria a ver a Rita? A minha Ritinha mesmo? Acho melhor não entrar em detalhes porque aposto que todos vocês também têm aquela rapariga que meche com vocês a qualquer momento independe mente do seu estado actual. " Eu ainda acho que essa miúda me cozinhou ", - depois de eu ter esse pensamento soltei uma gargalhada e achei aquela ideia muito parva. Mais como uma jovem daquela tem poderes para me feitiçar? Que estranho pah!

Eu estava todo eufórico, alegre, panco, sorridente eu estava sei lá eu não sabia em que estado emocional eu me encontrava só porque ouvi o nome da minha Ritinha. Nem dei conta da hora mas já era 18h e a mesma festa era as 23h, por incrível que pareça eu nem sequer sabia o que eu ia vestir porque toda minha roupa esta suja " Isso também acontece com vocês né? Dahm mais como é chato ser preguiçoso ".

Fui logo ao quarto do meu irmão mais novo e pedi-lhe algumas roupas emprestadas e preparei-me o mais rápido possível e fui logo ao encontro do Luiismith que se encontrava a poucos metros do local da festa. Ele estava bem apresentado, só não lhe elogiei porque acho isso muito " Gay ".

Ficamos a bater um papo e fomos logo para o local da festa estava muito cheio. Tinhas muitas raparigas e muitos rapazes.

- Parece que não, mas o Duarte é um homem muito conhecido afinal de contas! Disse logo Eu

- Não exagera mano! A maior parte das pessoas que se encontram aqui, fui eu quem as convido-as. disse o Luiismith

- Opah! afinal quando eu tiver que dar uma festa farei questão de entrar em contacto contigo.

Evitamos prolongar o bate papo logo dentro de um salão cheio de música alta, até porque o que nos trouxe aqui não é isso! Fui logo na copa e pedi duas bebidas, uma cerveja pra mim e um refrigerante para ele. A copa encontrava-se alguns metros de distância e pude ver que ele estava a conversar com uma rapariga naquele momento.

Será que é a Ritinha? - pensei logo Eu!! Mas não pode ser. Recebi as duas bebidas e fui logo ter com eles, a luzes negras batiam intensamente na minha cara e não conseguia ver quem ela é na verdade, aproximei-me deles e a Ritinha  logo que me viu atirou-se nos meus braços. - Eu estava abraçar a mulher dos meus sonhos? Não estou acreditando nisso!! Soltou-se e disse:

- Então como é que tu estás? disse a Rita
- ......! estava sem palavras
- Estão a falar contigo Jovem, disse o Luiismith.

Nos meus pensamentos ela ainda estava grudada no meu corpo, eu estava a viajar naquele cheiro que o perfume dela proporcionava, depois de três anos eu voltei abraçar a Rita, eu não estava acreditar.

- Opas! Parece que ele entrou no modo " PAUSE ", que coisa estranha. disse a Rita

Voltei de novo a realidade e nem sequer cheguei a responder a pergunta dela, quando eu preparava as melhores palavras do meu pobre léxico, apareceu um jovem mais alto que eu e deu-lhe um forte beijo da boca " Mais quem é esse cão? " - pensei logo Eu! Até uma criança de 18 meses notava o quão nervoso eu estava, porque o vinco estava bem marcante.

- Luis deixa-me apresentar-te o amor da minha vida, ele é o Narciso. disse a Rita

Não hesitei a sai daquela roda melosa e muito romântica e fui para fora do salão. Não quis ficar mais naquela festa, decidi ir para a minha casa, se bem que era tarde e não tinha táxi naquelas horas decidi ir ape o importante é que eu ia chegar. Ao longo do caminho comecei a fazer um auto interrogatório. Será que eu ainda gosto da Rita? será que eu tenho medo de admitir que perdi a Rita para sempre? será que esse novo namorado dela chega a ser melhor que eu?

No meio daquelas minhas duvidas acabei de esquecer da parte mais importante, a entrada principal do meu bairro esta cheio de bandidos agora, tenho que passar na segundaria " Cemitério " - é agora que eu morro de medo. Mais isso não vai acontecer, até porque eu sou homem suficiente e não temo nada " Enchi o peito e dei-me uma de super heroi ".

Entrei então para o cemitério e comecei a caminhar aos passos de camaleão, acho que o camaleão é mais rápido, eu estava mas lento ainda. Quando me encontrava nos 50% do cemitério caiu um galho e quase que morri de susto " Aonde foi parar o super homem que vivia em mim? " - questionei-me. Eu só queria a minha cama e nada mais.

Ouvi uma voz feminina a chamar por mim, as coisas pioraram naquele momento. Como um zumbi poderia saber o meu nome? Isso não é possível! Talvez isso deve ser uma das ilusões da minha cabeça. Continuei a caminhar lentamente. Estava muito frio e estava a soprar muito, as árvores do cemitérios só aumentavam na intensidade do vento ao vez de diminuir.

Uff! Felizmente eu ja estava a quase 3m do portão de saída do cemitério. Para piorar tudo senti a minha camisa a ser puxada para trás e alguém disse-me.

- Para onde pensas que vás ?

A famosa paralisia atacou-me naquele mesmo momento, todos os meus músculos perderam as forças. Eu não consegui deslocar-me " É estranho né? Será que o medo já te colocou nesse estado? ", eu estava a tremer e muito. A mesma pessoa que tinha agarrado na minha T-Shirt forçou a barra e ainda disse:

- Não tenhas medo! Sou de carne e osso tal como tu fofo.

Fofo? - uma zumbi chamou-me do fofo? não pode ser! Eu só devo estar a sonhar. Ganhei coragem e virei-me para matar as minhas duvidas e saber se na verdade eu estava diante de uma pessoa tal como eu ou de uma alma de outro mundo. Ela era bonita de mais " Bonita? Acho que estou a querer vos mentir, o cemitério estava muito escuro como eu notei que ela era bonita? " Que estranho.

- Quem tu és? e o que fazes aqui a estás horas? disse logo Eu

- Parece que as nossas personagens estão a ser trocadas. Eu é que devia fazer-te essa pergunta. disse Ela

Já viram como essas raparigas de agora são atrevidas? Pela estrutura óssea que ela apresentava eu sou mais velho dela, e ainda mais, foi ela quem puxou-me pela camisa e quase matou-me de susto. - mais que coisa, fiquei todo indignado.
Mas não quis mostrar a minha ira naquela pobre rapariga até porque já vinha de um clima muito agitado e o que menos queria naquele momento é outra complicação.

- Não vejo peça teatral nenhuma aqui o porque que estás a falar de personagens? disse logo Eu, tentando ser simpático. Ela ficou calada por uns segundos e questionei-me, será que ela achou essa piada mais burra do mundo? será que nunca serei engraçado pelo menos uma vez na vida ? minutos depois ela soltou uma gargalhada.

- Mas que pessoa cómica! É engraçado como consegues transformar qualquer situação em uma grande comédia. disse Ela

Cómico eu? – disse eu, não pode ser? Ela chamou-me de cómico? Ignorei aquelas meus comportamentos bobos e parti para acção. 

- Então quem tu és? E o que fazes aqui a estás horas? disse Eu

- Quem Sou Eu? Nem eu própria eu sei quem sou! Só sei que existo e nada mais. Quanto a segunda pergunta, eu amo estar aqui nesse cemitério deve ser pelo facto do meu pai ser enterrado aqui, todos os sábados e domingos eu venho aqui para conversar com ele porque o clima em casa é muito pesado, as coisas nunca foram as mesmas desde o momento que a minha mãe arranjou um novo " pai " para mim.

- E não tens medo de ficar aqui a estás horas, ainda por cima sozinha? disse Eu

- Sozinha? Você acha que eu estou sozinha aQui? Já reparaste o numero de campas que aqui tem? Você não irá acreditar se eu te contasse que aqui encontra-se o corpo meu pai e mais dois tios. disse Ela

- Não deve ser fácil estar na tua pele! disse eu
- É muito fácil, queres saber como?
- Sim!
- Basta entrares em uma trituradora que irá moer-te por completo até os ossos mais duros, depois irei pegar naquele creme e irei passar na minha pele. disse Ela depois de soltar um sorriso

Achei aquilo cómico e soltei uma gargalhada fatal " Que raramente soltava, a não ser nos momentos especiais ", ficamos sentado ali na campa do pai dela a conversar durante um bom tempo. Graças a ela perdi a fobia de cemitério.

Passávamos horas e horas a conversar, falamos de tudo um pouco, política, educação, amores não correspondidos, namoros descartáveis e tantos outros assuntos. Felizmente a escuridão começou a opor-se e tudo indicava que eu iria ver a cara da menina " Zumbi ".

- Por incrível que pareça falamos de tudo um pouco, mas nem sequer sei o teu nome e tu nem sabes o meu! disse Eu

- Nome? Porque que eu ias querer saber o meu nome? Nunca fui boa em gravar nomes na minha mente, se for para lembrar-se de mim tem que ser pelos meus actos e boas acções e não pelo nome. Mas podes chamar-me de " A garota do cemitério ". Acho é que perfeito

- " A garota do cemitério " mas que nome estranho! Mas vou aceita-lo na perfeição. Amei estar contigo hoje, gostaria voltar a estar contigo e queria tanto que pela próxima fosse durante o dia. disse Eu
.
Ela levantou-se do local onde estávamos sentados e disse:
- Não vou mentir que eu gostei tanto de estar contigo! Quanto ao nosso próximo encontro podes muito bem encontrar-me aqui por volta das 21h em diante " Já que será domingo ". Venha sozinho porque odeio companhias

Soltei um sorriso e disse: - será que tens medo que as pessoas te acham maluca pelo facto de conversares com os mortos nos finais de semana ?

- Estou nem ae para o que as pessoas pensam sobre mim! eu sou o que sou e prontos.

A noite estava morrendo aos poucos, e eu estava cada vez mais feliz porque ela estava quase a se revelar, quem não me garante que ela não é a Rita ? ou então alguém melhor que ela? Ela deu conta que estava a ser enrolada pelo meu bate bato, simulou um desmaiou e eu entrei logo em pânico.

A estás horas aonde eu vou conseguir ajuda? aonde vou conseguir água? fui logo para fora para ver se encontro água, e quando voltei ela ja tinha ido embora - que estranho né?

Dia seguinte controlei cada segundo, cada minuto e cada hora só para voltar a ver " A garota do cemitério ", e finalmente chegou a hora. Coloquei uma veste normal e fui logo ao local ideal. Lá estava ela toda sigilosa, sentada na campa do seu pai a espera de mim.

Cheguei perto dela e dei-lhe um forte abraço e sentamos ali mesmo e começamos a conversar, tirei o telemóvel para encandear a cara dela para mim ver que na verdade ela era, mas ela não permitiu e pediu delicadamente para não voltar a fazer isso, se não, ela ficaria muito chateada comigo. - que coisa estranha " pensei logo eu ".

Conversamos como se fossemos amigos a um bom tempo. Rimos muito das nossas melhores até as piores piadas. Os encontros foram se repetindo todos os finais de semana e já nos encontrávamos no quinto mês, e eu nem sequer vi o rosto dela. Mas o que eu não parava de pensar nela, da sua forma meiga de me tratar, eu nunca fui bem tratado tal como ela me trata.

Todos os dias eu não parava de pensar nela, sempre imaginava ela grudada nos meus braços, eu não parava de pensa nela " Volto a repetir ", - Acredito que sou o ser mais estranho desse mundo como é que fui me apaixonar por uma mulher que nem sequer conheço o resto dela ?


Já nos encontrávamos no sétimo mês dos encontros no cemitério, e eu estava loucamente  apaixonado por ela, e algo me dizia que ela estava também dentro do clima. - Esse final de  semana não pode passar eu vou me revelar e vou ver a reacção dela, se ela estar dentro do  lance vou pedir-lhe para mudarmos a nossa rotina " Se na verdade o cemitério tem muito significado na vida dela então que passamos a nos ver de dia, ou vocês não acham certo ? "

Aposto que sim! porque quando estamos apanhadinhos por uma rapariga não demos conta de  nada, não é verdade que o amor é cego? Mas tomei uma decisão. Acho que era uma das  decisões mais difíceis da minha vida.



Quis tanto ligar para o Luiismith para contar-lhe o que estava a passar-se comigo. Mas 
hesitei logo, quem seria tão louco para acreditar que estou apaixonado? ainda por cima de  uma rapariga que nem sequer conheço o seu rosto? isso é coisa de loucos. Melhor eu ficar  nas minhas antes que ganhe alcunha de " psicopata ", porque o Luiismith é um cara que não pensar duas vezes quando o assunto é brincar com a cara das pessoas.

Eu vou ordenar-lhe para mostrar a cara dela, caso contrario eu nunca voltarei a falar com ela " será que isso vai pegar ", pensei logo eu? Mas não custa nada tentar. Já se fazia  tarde então tinha que me preparar para ir ter com  " A garota do cemitério ". Algo me diz  que o dia de hoje será melhor de todos.

Á distância que eu me encontrava vi alguém vestida de branco, sentada no local habitual.  Apanhei umas florezinhas que se encontrava na entrada do portão e guardei nas minhas  costas para fazer-lhe uma grande surpresa.

Ela notou a minha presença a distância e veio logo ter comigo correndo como se fosse uma  atleta, assim que chegou deu-me um forte abraço e começou a beijar-me intensamente - mais  que coisa doida " pensei logo eu ".

- O que es....

Ela não deixava-me sequer pronunciar uma sílaba, ela estava toda cheia de fogo. Ela 
continuo a beijar-me a apalpar o meu peito, baixo a mão até a minha calça e colocou a mãe dentro do meu boxer para sentir o tamanho do meu pénis.

Nunca pensei que ela fosse assim tão safada, será que é por causa disso que ela não quer  mostrar a cara dela? Acho que não, lá estava eu sempre com os meus pensamentos bobos. Eu  não impedi nada, simplesmente deixei ela fazer tudo o que lhe apetecia.

Acabamos por fazer amor na campa do pai dela, apesar da grande falta de respeito, acabamos  de fazer grandes safadezas ali no cemitério. Foi um momento épico acho melhor não vos  contar tudo porque quem come calado come melhor.

- O que sentis quando estás comigo? disse ela toda cheia de vergonha deitada no meu peito

- Eu nem sei por onde começar para explicar o sinto por ti! Não vejo palavras suficientes para descrever isso tudo. Só sei que quando estou contigo sinto-me a pessoa mais feliz do  mundo. disse Eu

- Eu acho que te amo! Eu nunca senti isso em outra pessoa! Eu nunca fui de permitir o meu  coração fazer as suas escolhas, mas eu me apeguei muito a ti e não consigo ficar um dia  sem pensar em ti. disse Ela
- O que sinto por ti é reciproco ou chega a ser maior ainda

Ela soltou um sorriso e nos beijamos durante a noite toda. Quando o clima estava favorável  e super tranquilo ela começou a chorar. Eu fiquei assustado e perguntei-lhe:

- O que se passa contigo minha pekena Zumbi? disse Eu depois de soltar um sorriso.

- É que tenho muito medo de te perder. Eu não quero imaginar o meu mundo sem você, Eu amo te e farei de tudo para não perder você.

- Own que phofo, tenho a certeza que nada nem ninguém irá nos separar.

- E achas justo nós nos amarmos como pessoas sem alma e não conhecermos os rostos um do  outro? disse ela

- Parece que leste os meus pensamentos! O porque que agente não sai e vamos procurar um  local iluminado para nos beijar-mos na clareza e aproveitar esclarecer outros detalhes.

Levantamos da campa e fomos procurar um local iluminado, estávamos andar bem agarradinhos um  ao outro, e nos beijávamos de 30 em 30s. Era madrugada e praticamente não tinha ninguém na  rua. Quando faltava menos de 10m para chegarmos o local que estava iluminado cruzamos com  um senhor que não sabíamos como ele apareceu.

- Fany o que estás a fazer a estás horas na rua ainda mais acompanhado com um estranho?  disse o Sr.

- Mais maneira Sr. sou estranho pra ti mas para ela não sou. disse Eu mostrando a minha  masculinidade.
- Tenha calma amor! Ele é o meu padrasto.

Fiquei sem palavras naquele momento eu não sabia o que fazer, a única coisa que me 
apetecia fazer naquele momento é matar aquele senhor e continuarmos a namorar como loucos  " Já viram como o amor nos faz pensar em grandes loucuras? ". O Sr. arrastou-lhe para  dentro do carro e levou-lhe para a casa onde eles residiam.

Eu não podia fazer nada naquele momento então fui para a minha casa descansar porque dia  seguinte tinha que ir para a escola. Semanas se passaram e eu nunca mais entrei em  contacto com ela, todos os finais de semanas eu ia ao cemitério na hora habitual mais ela  nunca mais lá esteve.

Eu sentia o meu mundo a desmoronar cada dia que passa-se, eu tinha encontrado o grande  amor da minha vida e não pode aproveitar, não pude declarar-me cada dia que estávamos  juntos. 6 meses se passaram e nunca mais tive noticias da minha " Zumbi Fany ", parece o  melhor que eu tinha que fazer é seguir em frente.

Ela também seguiu afrente, desde o dia que o padrasto dela apareceu ela nunca mais se preocupou comigo, talvez ela arranjou alguém melhor que eu. Vou esquecer da Fany e vou  procurar outra rapariga que não tenha pavor de clareza.

Um dia desses decidi passar no cemitério para relembrar os bons momentos já passados,  quando cheguei perto a campa do pai dela encontrei algumas palavras cravadas no tumulo do  pai dela com os dizeres:

..... [Desculpa! Não quis que as coisas terminassem assim, eu não me esqueci de ti. É que o meu padrasto mandou-me para um colégio interno só para estar bem longe de ti, um dia antes fiquei aqui o dia todo nessa campa para ver se passasses durante o dia, Vi que não devias aparecer então decidi deixar essa fotografia e estas palavras cravadas no tumulo do meu pai para  lembrares de mim para todo e sempre Amo te Muito .. Beijos. Assinado: Fany [ O Teu Amor  do Cemitério ]...



Ela era linda " Não tinha vos dito ? " , o sorriso dela era radiante,  tinha uma pele castanha e uns olhos azuis escuros. Mas a solidão invadiu-me naquele instante, a depressão, o arrependimento, todos os sentimentos  que deixam um homem sem ar tomaram conta de mim pus-me a chorar pois sabia que nunca mais  voltaria a ver ela.

Poi É! dê valor a cada minuto que estiveres ao lado da sua parceira  porque não vás querer conhecer a dor de cada minuto longe dela(e). Cuidem dos vossos parceiros e declaram-se intensamente a cada dia, cada hora, cada minuto  e a cada segundo que vocês estiverem juntos. O amanhã não existe, e vivem feito loucos e espero que sejam feliz tal com eu fui com  O MEU AMOR DO CEMITÉRIO.


FIM...

[E.R]e.
Todos Direitos Reservados 2016
Escrito Por [ Emanuel de Jesus C. Borges Rei ]

Meu Pai É Um Psicopata - Emanuel Borges Rei [Crónica]

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Meu Pai É Um Psicopata


- Antes de colocarmos a urna do nosso querido irmão, alguém esta disponível para ler a nota fúnebre, bibliografia ou qualquer coisa parecida? Penso eu que não. Também pelas coisas que ele fez enquanto estava em vida ninguém seria tão burro ate chegar esse ponto, palavras vindas de um padre.

- Já que ninguém tem nada a dizer, vamos atirar esse corpo pela cova e vamos sair daqui o mais rápido possível, porque sou um homem ocupado. O que menos tenho nessa vida é tempo. disse o pai da minha namorada.

Vocês devem estar a se perguntar de quem se trata? e porque que as pessoas o odeiam tanto né? Porque tanto ódio entre nós, se somos imperfeitos? se somos todos filhos de um só pai? Fomos feito a sua imagem e a sua semelhança. Mas vamos ao que interessa.

O homem que esta ser enterrado agora é o meu pai. Sim o meu pai mesmo, ou seja não é bem meu pai, mas é meu pai, é complicado né ? Para um melhor entendimento vamos retroceder a história. Começarmos do ponto de partida(ou como falamos lá no mato, vamos começar da começada memo).

Eu sou o Luis de Jesus sou estudante do segundo ano de Comunicação Empresarial e Linguas. Actualmente vivo com o meu pai, a minha mãe vive em uma outra cidade muito distante da nossa, a tempos que não vejo o rosto dela, desde o dia que eles levaram avante a ideia de divorciar-se por causa de coisas sem cabimento"talvez seja sem cabimento só para mim, ou não?"

Nós vivemos em uma comunidade tranquila fica a poucos quilómetros da Faculdade onde frequento, depois de terminar os meus estudos irei sair dessa comunidade e irei a procura de emprego. Já tenho entrado em contacto com varias empresas para eu ser o tradutor, ou qualquer coisa parecida, o importante para mim é que eu ganhe um bom salario, ou não? Quem esta estudar para ficar em casa a ver navios? Ninguém!.

Acredito nas minhas qualidades e competências, e tudo indica que esse ano irei fechar o segundo ano sem transportar sequer uma cadeira. Tudo posso naquele que me fortalece "é uma das frases que a minha mãe repetia tanto para mim", tenho muitas saudades dela. 

- Hey cabrão, vem aqui em baixo estou necessitando da tua ajuda. gritou meu pai com um ar super arrogante.

- Não posso, estou estudar. disse Eu

- Estou a bonho, estou a bonho, quem coloca comida cá em casa é a merda dos teus estudos? Vem cá seu cabrão duma figa.

Abandonei por uns instantes o trabalho que estava 70% concluído, para ajudar ele na oficina, ele tem um carro que esta 10 anos parados e ele ainda acredita que um dia desses esse mesmo carro irá andar "Que patético".

- Estas muito alegre hoje sonhaste com o teu novo padrasto, pega aqui e pressiona essa alavanca para frente. disse Ele

Continuamos a trabalhar, essa foi a oitava vez que ele falou da minha mãe, ou seja a ex-esposa dele, alguma coisa não esta a bater certo. Quando decidi fazer-lhe uma pergunta a respeito disso o telemovel dele começou a tocar, ele teve que atender mesmo ali porque uma das mãos estava ocupada.

- Alô, Quem ?
- Eu já disse que não ?
- Estás a falar que irás trazer a policia na minha casa, mas que porra de brincadeira é essa? se queres ter amigos mortos mande cá eles em casa.

Ele enfurecido terminou a chamada e atirou o telemovel na caixa de ferramentas. Esperei uns minutos para fazer-lhe a pior pergunta de sempre.

- Quem estava ao telemovel?

- Ninguém do teu interesse. disse Ele

- E porque que mencionaste o nome da policia nessa mesma conversa? disse Eu

- Não tens nada haver com esse assunto e prontos, fica focado no trabalho.

- Pai, pode não parecer mas eu me importo muito contigo, e pelo teu rosto da-se logo conta que essa conversa que tiveste não foi a melhor da tua vida, vá lá se abre com seu filho.

- Ta bem! A tua mãe fica o tempo todo a chantagear-me que irá trazer cá a policia se eu não autorizar a tua saída para ires passar uns dias com ela.

- Somente isso? Eu também não ficarei mais de uma semana com ela.

- Uma semana é isso que tu dizes.

Atirei a chave que estava na minha ao chão, bati no campô do carro e disse:
- Também estás a ser muito repugnante, ela é minha mãe e merece estar comigo tal como tu.

Ele não autorizou aquela falta de respeito, deu-me uma forte bofatada e disse:
- Repugnante eu? Vocês já não agradece mesmo. Se hoje te sentes homem é porque alguém sacrificou-se e muito, e essa pessoa sou eu.

Eu ja tolerei muitas faltas de respeito, talvez aquela bofetada foi a ultima coisa que estava a espera para tomar aquela decisão. Dei-lhe as costas em fracção de segundos, fui logo ao meu quarto peguei algumas roupas levis tomei a grande decisão:
- Eu vou sair dessa casa.

Coloquei o meu material da faculdade, o meu computador e algumas roupas necessárias e saí pela porta de frente. Ele saiu da garagem e cruzou o meu caminho.

- É dessa maneira que me agradeces? depois de tudo isso?
- Se tiveres que ir vá e nunca mais volte. Porque se assim fizeres eu próprio matarei com as minhas propiás mãos.

Eu não respondi ele, continuei mudo. Ele começou a falar tantas coisas sem sentido, ofendeu muito a minha mãe, os vizinhos deram conta daquela confusão e vieram para saber o que estava a se passar . O Sr. Tito que foi o primeiro a pegar-lhe no ombro para ver se consegue lhe acalmar, recebeu um grande soco do peito e ainda ele disse:

- Isso é para deixares de meter-se em problemas familiares. disse o meu pai num tom heróico.

Os outros vizinhos não aceitaram aquele comportamento e partiram para cima dele e começaram a bater-lhe de uma maneira forte, mas ele conseguiu escapar daquele meio e foi pegar a sua arma de caça "caçadeira" e fez tiros direccionados naquela gente toda que se encontrava ali.

A multidão se espalhou em fracção de minutos, os tilhaços do cartucho acertaram-me no braço esquerdo e comecei a correr aleatoriamente, eu só queria sair vivo daquele ambiente sinistro.

- Eu  vou matar tudo e todos, quem é homem o suficiente que venha aqui agora. disse o meu pai

Menos de 20minutos eu já se encontrava distante daquela rua por causa da aflição, e acredito que nesse momento já não tem ninguém na rua. Continuei andando e acenar o meu braço para ver se parece um carro para dar-me uma boleia para o norte da cidade onde se encontrava o hospital.

Felizmente apareceu, dirigi-me delicadamente para o senhor, expliquei a minha situação e ele aceitou dar-me uma boleia ate o hospital mais próximo. Bem na porta do hospital o meu telemóvel começou a chamar era a minha namorada.

- Alô amor, aonde estás? disse Eu
- Estou cá na tua casa, já bati a porta e o teu pai esta vir abrir, e tu estás aonde ?

- Eu estou aqui no hospital ja não moro mais com o meu pai, ele tornou-se num psicopata sádico, tens que sair dali o mais rápido possível. disse Eu

- O que?
- É sério, saia o mais rápido dali.

Quando o meu pai abriu a porta ela já se encontrava alguns metros de distância da porta e notou que quem estava na porta na verdade ela aquela rapariga morena e com cabelos grisalhos. Ele meteu-se a correr para poder raptar a minha namorada e colocar-lhe dentro da sua casa e usar-lhe como uma isca.

Felizmente ela já se encontrava em vantagem porque estava a alguns metros de distancia e conseguiu safar-se, o meu pai já é um velho rebentado que os músculos já não aguentam percorrer grandes distâncias. Depois dela livrar-se dele decidiu ligar para mim:

- Alo Amor, já consegui livrar-me daquele velho pervertido

- Uff! Ainda bem, felizmente ja fiz um breve curativo me encontro aqui na paragem para ir a casa da minha mãe.

- Então continua ali, dentro de minutos irei te encontrar ali e vou contigo para onde tu queres ires.

Ela terminou a chamada e comecei a viajar nos meus pensamentos e tentar juntar as peças do meu xadrez para ver se consigo entender o porque que o meu pai tornou-se nesse senhor tão perverso e violento. Mas eu não tinha argumentos suficientes para crucificar-lhe, " a pesar dos apesares ele é meu pai, eu tenho a obrigação de ama-lo". Peguei o meu telemóvel procurei o numero dela e então liguei para ela.

- Alo meu bebé! Como tu estás? atendeu o telemóvel a minha mãe com uma voz super carinhosa.

- Não estou nada bem, mas não posso dar mais detalhes a partir do telemóvel por causa do teu estado psicológico. disse Eu

- Ate esse ponto tens a certeza, mas o que na verdade esta a se passar? disse Ela

- Irei te contar detalhadamente pessoalmente quando estivermos juntos. Já agora posso fazer-te uma pergunta?
- Mãe, por favor não minta para mim. Eu ja ouvi muita mentira na minha vida. disse Eu

- É um assunto bastante complicado, mas tal como tu disseste vamos conversar melhor pessoalmente.

Ela terminou a chamada e esperei uns minutos a mais ate que a minha namorada acabou de chegar, entramos para um restaurante e ficamos a conversar, e aproveitei a oportunidade para poder desabafar.

- Sinceramente falando eu tenho muito medo do que irá acontecer contigo? disse Ela
.
- Como assim? disse Eu

- Sim! Você agora és um alvo a bater pelo teu pai, acredito que na primeira oportunidade que vocês tiverem juntos ele não irá vacilar e vai partir em cima de ti.

- Eu não tenho medo dele, além do mais ele é que devia estar a morrer de medo de mim, porque eu me encontro em forma, já ele é apenas uma "caixa de ossos ambulante".

Falei aquilo em voz alta e todo pessoal que se encontrava no restaurante começou a rir. A piada foi tão curta porque o vidro que nos fazia cobertura acabou por ser partido pelos tilhaços vindo da caçadeira do meu pai.

- Ou vocês os dois saem, ou então irei matar todos. foi as ultimas palavras vindo da boca do meu pai a seguir só veio rajadas de tiros.

- Por favor todo mundo mantenha-se por baixo das mesas, como é que ele conseguiu nos achar? disse Eu

- Sou a pior pessoa para te responder essa questão, mas acho que ele me seguiu. disse a minha Namorada

Peguei uma garrafa que se encontrava no chão e atirei na direcção em que ele se encontrava para ver se ele parasse de apertar o gatilho.

- Já te sentes homem afinal de conta. Consegues vir contra o teu pai com uma garrafa, vem aqui fora e vou te mostrar como se constrói canoa com apenas um tronco. disse o meu pai.

O gerente do restaurante que também sentia-se encurralado juntamente com o resto da clientela, abriu a portas dos fundos e mandou sair um de cada.

Enquanto o meu pai continuava a fazer tiros direccionados para o restaurante onde agente se encontrava, um dos senhores que estava encurralado connosco era um padre, depois de sair da porta dos fundos decidiu ir em frente do restaurante para tentar  confrontar-lhe com palavras bíblicas.

- Baixa essa arma e vê se te arrependas do que estás a fazer, somos todos filhos de  um só pai e ninguém tem o mérito de tirar a vida de alguém, a não ser o nosso pai  de lá de cima. disse o Padre.

- O meu verdadeiro objectivo não é tirar vida de ninguém, eu só quero que o meu  próprio filho venha cá fora para pedir-me desculpas por aquilo que ele fez. disse  meu Pai

Ouvindo aquelas palavras e eu sendo um homem corajoso por natureza levantei do  sitio onde me encontrava e decidi ir ter com ele, como o padre estaria ali em frente acredito que as coisas irão correr de uma maneira tranquila.

Assim que ele viu-me a distância, colocou a arma no ombro esquerdo e fez um tiro  onde eu me encontrava(ainda bem que foi a distância), o padre não hesitou pós logo a  correr em fracção de minutos.

Estão a ver como essas coisas funcionam? Ele é que fica ali no altar todos os 
domingos a falar de Deus, mas tem medo de ir ter com o pai o mais rápido possível. 

- Amor, vamos sair daqui antes que esse maluco fere alguém por tua culpa. disse a  minha Namorada

Enquanto ele estava disparando aleatoriamente, nós passamos pela parte de trás e pegamos o primeiro táxi que apareceu na nossa frente. Fomos direito para a casa da  minha mãe, ela não estava então decidimos esperar um pouco.

- Aonde deve ir a tua mãe por estás horas? disse minha namorada

- Olha nem eu sei propiamente o que te responder, quando nos estávamos no 
restaurante, ela tinha-me dito a partir do telemóvel que não sairia de casa, mas 
vamos esperar mais uns minutos talvez ela não foi muito longe. disse Eu

Enquanto esperávamos, pedi delicadamente para ela fazer-me umas massagens para ver se alivia-se o meu stress, é que eu estava mesmo a precisar e muito. Depois disso  trocamos uns beijos, umas promessas bobas e aquelas coisas melosas que os casais do  Sec. XXI têm feito

Minutos depois acabou de chegar um carro de marca não muito importante(para não  fazer publicidade Rsrs) com os vidros escuros e jantes especiais, acho que  finalmente ela acabou de chegar, segundos depois ela desceu do carro com o Sr. com  uma cara muito trancada, parecia ser alguém muito arrogante.

A minha namorada assim que viu o senhor foi logo ter com ele e deu um forte abraço no Senhor e disse:

- Boa noite pai, o que fazes aqui por estás horas?

- Boa noite meu anjo, eu é que devia fazer-te essa pergunta. A propósito quem é  esse jovem com um aspecto convincente.

- É o Luis, meu namorado e futuro esposo, disse Ela

- Iso é muito bom filha, mas não achas que estás a ir com muita pressa já falas em  ser futuro esposo? disse o pai dela

- Hey, pelo meu parecer reuniões familiares não são feitas na rua e diante de 
pessoas estranhas, Hugo quero apresentar-te o meu filho Luis. disse a minha mãe

Eu tinha alguns truques básicos da arte de bem estar, fiz uma auto-apresentação ao  senhor e ele gostou de mim pela educação e a simplicidade que eu apresentei. Parece  que conquistei a confiança do meu sogro que também é o meu padrasto

- Aparentas ser um bom rapaz, mas estou bem ciente que as aparências enganam, por  isso muito cuidado com o que podes fazer com a minha família porque posso fazer o  pior com a tua mãe. disse o pai dela

Eu fiquei pálido, porque a minha mãe é tudo que me resta nesse pobre mundo, então  estou diante de uma grande responsabilidade, quando eu preparava as melhores  palavras para esclarecer ao senhor que a sua filha esta em boas mãos, a minha mãe  deu-lhe um belisco e acrescentou:

- Deixa de ameaçar o meu rapaz, eu confio nele e tenho a certeza que ela esta 
entregue em boas mãos.

Ali o pai da Liana sorriu, e vi que eles se amavam de verdade, não sei quanto tempo eles estavam juntos, mas deu-me entender que a minha mãe estava feliz com esse novo  relacionamento. E depois de muito papo furado na rua, a minha mãe decidiu convidar  para entrar(Uff, ja era sem tempo).

Já era meio tarde ninguém seria tão burro para vir trazer comida encomendada cá em  casa, então a minha mãe fez uns petiscos caseiros e tivemos um jantarzinho ainda  por cima a luz de vela. Minutos depois a luz restabeleceu, eu e o meu sogro ficamos  a ver jogo na sala e a minha mãe juntamente com a sua nora estavam a pôr a conversa  no quintal, e quando menos esperávamos.

- SOCORROO....

Sr Hugo saltou logo do sofá e gritou:
- O que foi? Que brincadeira é essa?

- Eu não tive tempo para entrar em gritarias, fui logo a porta principal para ver o 
que se estava a passar no quintal.

- Se vocês se consideram homens de verdade, vêm aqui fora salvar as vossas 
princesas. era o meu pai a falar isso com a merda da arma apontada para elas duas.

- Por favor não faz isso. elas duas imploravam pelas suas vidas.





Meu pai colocou bala na camara e disse:
- Eu quero os vossos príncipes aqui, primeiro o teu pai rouba a minha mulher, agora  tu só porque tens uns seios pontiagudos queres roubar o meu filho de mim. NUNCA,  isso nunca ira acontecer enquanto eu estiver em vida.

- Pai, essa situação ja foi longe de mais, deixa elas em paz e vamos acertar isso  de homem para homem. disse Eu

O pai da Lilia que ainda continuava  dentro da sala tentou sair, mas foi logo 
alvejado com um tiro no braço.

Ele voltou a entrar na sala e disse:
- AII, eu te juro que te mato quando essas malditas balas acabarem.

Meu pai voltou a colocar outra bala na camara e disse:
- As balas estão todas contadas, duas balas para cada pessoa. E eu tenho o tempo todo do mundo para matar um de cada vez, porque o mundo já esta cheio de pessoas falsas menos quatro faria alguma diferença Sim.

Minha mãe mesmo com os braços no ar disse:
- Carlos que mal eu te fiz, tu disseste para te deixar em paz e procurar a 
felicidade em outra pessoa e deixei com a casa e o resto dos bens e parti... Mas agora vejo que tu estás arrependido e não queres aceitar que me perdeste.

- Eu disse-te para ires procurar a tua felicidade bem longe de mim, o porque que  foste ficar com o colega que eu mais odiei na universidade, ainda mais queres a única coisa que me resta? disse meu pai.

- Não foste bom homem o suficiente, por isso ela partiu para mim. Alias desde a  nossa infância eu sempre fui melhor que tu, desse ser por isso que estás assim  todo rancoroso e felizmente o teu filho não saiu com esse ser. disse o pai da Lilia

Meu pai fez dois diros de rajada na janela da sala e disse:
- Ainda tens coragem de subestimar, mesmo sabendo que estou em vantagem eu juro que  você não sairá daqui com v.....

Ele nem sequer terminou de falar foi logo cortado com um tiro na cabeça e o corpo  foi directamente para o chão. Era um policial que tinha puxado o gatilho bem antes  dele.

Fui logo ter com o Sr padre e disse:
- Como é que nos encontraram?
- Depois da cena que se passou naquele restaurante, tive que ligar para o policia  dar as características dele e mandar seguirem ele.




A família voltou a estar reunida, o enterro do meu pai já relatei nos primeiros 
parágrafos da Parte 1(podes recuar Rsrs). Quanto a nós, terminei a minha formação  arranjei um emprego e formei uma família com a Lilia a minha mãe seguiu o que meu  pai lhe disse " Vá procurar felicidade bem distante de mim ".

Quanto ao moral da história cabe a ti caro leitor decidir se valeu a pena o meu pai  mandar a minha mãe para bem distante dele e ficar a tratar-me feito um escravo e terminar dessa maneira ? 




FIM...

[E.R]e.
Todos Direitos Reservados 2017
Escrito Por [ Emanuel de Jesus C. Borges Rei ]


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